A violência é muitas vezes considerada como uma manifestação tipicamente masculina, uma espécie de “instrumento para a resolução de conflitos”. Os papéis ensinados desde a infância fazem com que meninos e meninas aprendam a lidar com a emoção de maneira diversa. Os meninos são ensinados a reprimir as manifestações de algumas formas de emoção, como amor, afeto e amizade, e estimulados a exprimir outras, como raiva, agressividade e ciúmes. Essas manifestações são tão aceitas que muitas vezes acabam representando uma licença para atos violentos. Existem pesquisas que procuram explicar a relação entre masculinidade e violência através da biologia e da genética. Além da constituição física mais forte que a das mulheres, atribui-se a uma mutação genética a capacidade de manifestar extremos de brutalidade e até sadismo. Outros estudos mostraram que, para alguns homens, ser cruel é sinônimo de virilidade, força, poder e status. “Para alguns, a prática de atos cruéis é a única forma de se impor como homem”, afirma a antropóloga Alba Zaluar, do Núcleo de Pesquisa das Violências na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Fases da violência doméstica As fases da situação de violência doméstica compõem um ciclo que pode se tornar vicioso, repetindo-se ao longo de meses ou anos. Primeiro, vem a fase da tensão, que vai se acumulando e se manifestando por meio de atritos, cheios de insultos e ameaças, muitas vezes recíprocos. Em seguida, vem a fase da agressão, com a descarga descontrolada de toda aquela tensão acumulada. O agressor atinge a vítima com empurrões, socos e pontapés, ou às vezes usa objetos, como garrafa, pau, ferro e outros. Depois, é a vez da fase da reconciliação, em que o agressor pede perdão e promete mudar de comportamento, ou finge que não houve nada, mas fica mais carinhoso, bonzinho, traz presentes, fazendo a mulher acreditar que aquilo não vai mais voltar a acontecer. É muito comum que esse ciclo se repita, com cada vez maior violência e intervalo menor entre as fases. A experiência mostra que, ou esse ciclo se repete indefinidamente, ou, pior, muitas vezes termina em tragédia, com uma lesão grave ou até o assassinato da mulher. Rosana Aparecida da Silva - 5º período de Licenciatura em Pedagogia Artigo retirado do Portal da Violência contra a mulher
Quem sou eu
- Grupo As Incríveis
- RIO DE JANEIRO, Brazil
- Lidiane,Fernanda,Karla,Rosana,Simone
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Homens e a violência contra a mulher
A independência feminina
É de grande valia enfatizar as principais características que definem a mulher moderna, principalmente no que diz respeito à busca pela sua independência e cumprimento de seus direitos e deveres.
Não é fato recente a batalha incansável em ocupar espaço no mercado de trabalho e estabelecer-se financeiramente. Muitos são os homens que vêem sua mulher diminuída pelo fato de não ter uma profissão, já que a tarefa do lar não é valorizada.
Apesar de estarem cada vez mais presentes em vários postos de trabalho na sociedade seja na fábrica, na escola, na empresa ou na política, as mulheres ainda se colocam dependentes do homem em relação ao comportamento afetivo. Estas apresentam dificuldades em tomar decisões, têm medo da separação, de serem abandonadas. Procuram a felicidade fora de si em vez de lutar pelo resgate da identidade própria, sua liberdade.
A mulher atual e do futuro deverá assegurar a sua própria independência, reivindicando de forma participativa e consciente por uma inserção mais completa na vida da sociedade.
Autoria: Lidiane da Silva Barbosa- Aluna do Curso de Licenciatura em Pedagogia UERJ-CEDERJ
Ditadura da beleza
A mídia faz essas coisas com as mulheres no sentido de (des) valorizá-las! O valor ou desvalor, nesse caso, são medidos também pela balança! Mas, no fundo, o controle da balança é uma questão de saúde! Tanto o peso em excesso, quanto o baixo peso são questões que preocupam muito! A balança ajuda a observarmos o peso com atenção a fim de que busquemos o equilíbrio perfeito, não por vaidade, mas por um dos motivos de preservação da saúde! Esse recado tanto serve para as mulheres quanto para os homens!
(Fernanda Martins - Matrícula: 20082208013 - Pólo Maracanã)
O que é violência contra a mulher?
Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericanapara Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotadapela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ouconduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico,sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esferaprivada”.“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações depoder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziramà dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens eimpedem o pleno avanço das mulheres...”Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres,Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993.
A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993)reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como umaviolação aos direitos humanos. Desde então, os governos dospaíses-membros da ONU e as organizações da sociedade civil têmtrabalhado para a eliminação desse tipo de violência, que já éreconhecido também como um grave problema de saúde pública.Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), “as conseqüências doabuso são profundas, indo além da saúde e da felicidade individual eafetando o bem-estar de comunidades inteiras.”De onde vem a violência contra a mulher?Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que omelhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens sãomais fortes e superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes, osmaridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têmo direito de impor suas vontades às mulheres.Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontadoscomo fatores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz detudo está a maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino,o que por sua vez se reflete na forma de educar os meninos e asmeninas. Enquanto os meninos são incentivados a valorizar aagressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfazer seusdesejos, inclusive os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza,delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo,passividade e o cuidado com os outros.Por que muitas mulheres sofrem caladas?Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas enão peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação.Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramentedo agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo,são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causados filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não queremprejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. Eainda tem também aquela idéia do “ruim com ele, pior sem ele”.Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, emgeral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou entãoalguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número demulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso aconteceprincipalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois deespancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.O que pode ser feito?As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer delegacia,mas é preferível que elas vão às Delegacias Especializadas deAtendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher(DDM). Há também os serviços que funcionam em hospitais euniversidades e que oferecem atendimento médico, assistênciapsicossocial e orientação jurídica.A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nasDefensorias Públicas e Juizados Especiais, nos Conselhos Estaduais dosDireitos das Mulheres e em organizações de mulheres.Como funciona a denúnciaSe for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudoem detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome eendereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seusfamiliares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurarajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em localsecreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar ou não de umadvogado para entrar com uma ação na Justiça. Se ela não tiverdinheiro, o Estado pode nomear um advogado ou advogada paradefendê-la.Muitas vezes a mulher se arrepende e desiste de levar a ação adiante.Em alguns casos, a mulher pode ainda pedir indenização pelos prejuízossofridos. Para isso, ela deve procurar a Promotoria de DireitosConstitucionais e Reparação de Danos.Rosana Aparecida da Silva - 5º período de Licenciatura em PedagogiaArtigo retirado do Portal da Violência contra a mulher
Assinar:
Postagens (Atom)