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domingo, 21 de novembro de 2010

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – RAZÕES HISTÓRICAS

Durante muito tempo, o estudo sobre as mulheres foi uma questão ausente na historiografia. Voltada ao silêncio da reprodução materna na sombra da domesticidade, elas são as águas estagnadas, enquanto o homem resplandece e age.
Os vestígios sobre as mulheres encontrados na história, não provém delas, mas sim do olhar dos homens que governam a cidade, constróem a sua memória e geram os seus arquivos. O registro primário do que elas fazem e dizem é mediatizado pelos critérios de seleção dos que estão no poder, construindo sempre imagens estereotipadas.
Da antiguidade até nossos dias, a escassez de informações concretas e circunstanciadas é suplantada pela abundância das imagens e dos livros e dos discursos.
A multiplicação destes discursos, diz incansavelmente “o que são as mulheres”, e, sobretudo o que devem fazer, fazer-se amar, ser útil, aguardar o marido, honrar, cuidar, consolar, tornar a vida do homem agradável, são “deveres da mulher” em todas as épocas.
Dentro da história, excluindo elucidações românticas, a mulher é tida como objeto - excluída à margem - os campos que abordam são os da ação e do poder masculino. Esta exclusão, não é senão a tradução redobrada das relações das mulheres com a vida e o espaço público.
Igualmente redobrado é o discurso do direito romano no que fundamenta o papel ocupado pelas mulheres de transmitir a legitimidade, e que a ordem sucessória é primordial, relativamente a todas as capacidades femininas. Isso faz supor que todo o sistema, tanto Romano como na Idade Média e Moderna (baseado no direito absoluto do pater familis) foi construído para mostrar que as mulheres eram parcelas anônimas e sem importância de famílias maiores.
A exclusão do sacrifício e da participação do sexo feminino no meio religioso, tanto na idade Antiga e como na Idade Média, faziam com que a mulher se sentisse rejeitada, porque era considerada um ser não digno de participar ativamente das atividades religiosas, porque quase nunca era reconhecido o sexo feminino na esfera da cidadania.
As consequências sociais e éticas sobre a vida das mulheres são traduzidas: pela idade de casamento, pelo significado do amor - a consequência e não a causa do casamento, a definição da cidadania e o adultério como exclusão definitiva da mulher no meio social.
A inferioridade da mulher é reforçada quando o marido trata como uma criança grande que precisa ser cuidada e "guardada" dos olhos dos outros homens. O destino da mulher casada é marcado pela procriação de uma descendência legítima, de uma educação voltada para o lar e na lenta emergência de novas atitudes do domínio do corpo. As mulheres são também as resignadas que aceitam as outras, para a tentativa de preservação de si mesmas.
A mulher conseguiu evoluir através dos tempos tanto no sentido de mãe, esposa e profissional, mas sabemos que ainda há muito para percorrer até atingir seus mais íntimos desejos, de vencer, para mostrar que o sexo frágil é também o sexo de força da sabedoria e do amor.

A mulher lutou tanto e continua lutando pelo reconhecimento de seus direitos e apesar de já haver conquistado o seu espaço em boa parte, continua sem saber fazer uso de seus direitos conquistados, muitas ainda dependem do homem, em um modelo de submissão e inferioridade historicamente construído que parece vir “impresso” em seu código genético.

Postado pela aluna Simone Berg
Referência: Direitonet.com.br

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ditadura da beleza X Autoconhecimento


Para a psicóloga Cleives Carvalho, vivemos uma ditadura da beleza, influenciada pela mídia. "Os canais de comunicação têm um papel preponderante na vida do indivíduo. Somos perseguidos pelo ‘PIB', o ‘Padrão Inatingível de Beleza'. E não existe a perfeição. Precisamos nos conscientizar de que não somos bonecos, somos de carne e osso. Precisamos nos conhecer para sabermos o que nos tornará mais felizes. Temos nossa beleza, basta ter coragem para despertá-la", explica. Ao realçar o que gostamos em nós seria possível evitar opções mais drásticas como uma cirurgia.

A psicóloga Lina Rosa Morais, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, explica que o culto ao corpo nasceu na década de 80: "Desde então estamos imersos numa sociedade narcísica, onde a beleza passou a ser um capital. A pressão para que o jovem tenha uma ‘boa imagem' é muito maior". Para Lina, a escolha por um processo de resultado imediato, mas invasivo é resultado de baixa autoestima intimamente relacionada à busca por se enquadrar no protótipo do que se acredita belo. "Podemos trabalhar a autoestima desenvolvendo qualidades não perecíveis como elegância, estilo, bom humor e criatividade: percorrendo um caminho um tanto custoso, mas certamente garantido: o autoconhecimento", analisa.