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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Homens e a violência contra a mulher




A violência é muitas vezes considerada como uma manifestação
tipicamente masculina, uma espécie de “instrumento para a resolução de
conflitos”.

Os papéis ensinados desde a infância fazem com que meninos e meninas
aprendam a lidar com a emoção de maneira diversa. Os meninos são
ensinados a reprimir as manifestações de algumas formas de emoção,
como amor, afeto e amizade, e estimulados a exprimir outras, como
raiva, agressividade e ciúmes. Essas manifestações são tão aceitas que
muitas vezes acabam representando uma licença para atos violentos.

Existem pesquisas que procuram explicar a relação entre masculinidade
e violência através da biologia e da genética. Além da constituição
física mais forte que a das mulheres, atribui-se a uma mutação
genética a capacidade de manifestar extremos de brutalidade e até
sadismo.

Outros estudos mostraram que, para alguns homens, ser cruel é sinônimo
de virilidade, força, poder e status. “Para alguns, a prática de atos
cruéis é a única forma de se impor como homem”, afirma a antropóloga
Alba Zaluar, do Núcleo de Pesquisa das Violências na Universidade
Estadual do Rio de Janeiro.

Fases da violência doméstica

As fases da situação de violência doméstica compõem um ciclo que pode
se tornar vicioso, repetindo-se ao longo de meses ou anos.

Primeiro, vem a fase da tensão, que vai se acumulando e se
manifestando por meio de atritos, cheios de insultos e ameaças, muitas
vezes recíprocos. Em seguida, vem a fase da agressão, com a descarga
descontrolada de toda aquela tensão acumulada. O agressor atinge a
vítima com empurrões, socos e pontapés, ou às vezes usa objetos, como
garrafa, pau, ferro e outros. Depois, é a vez da fase da
reconciliação, em que o agressor pede perdão e promete mudar de
comportamento, ou finge que não houve nada, mas fica mais carinhoso,
bonzinho, traz presentes, fazendo a mulher acreditar que aquilo não
vai mais voltar a acontecer.

É muito comum que esse ciclo se repita, com cada vez maior violência e
intervalo menor entre as fases. A experiência mostra que, ou esse
ciclo se repete indefinidamente, ou, pior, muitas vezes termina em
tragédia, com uma lesão grave ou até o assassinato da mulher.

Rosana Aparecida da Silva - 5º período de Licenciatura em Pedagogia
Artigo retirado do Portal da Violência contra a mulher

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