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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Classe C é a que mais gasta com beleza

Por Beatriz Karol de Paula

Quarta, 11 de Abril de 2007 - 16:30:00 (Brasília)
O gasto médio com produtos cosméticos e de higiene é de R$ 122,84 por mês.
A mulher brasileira é vaidosa, especialmente as que fazem parte do grupo de 46 milhões de consumidores da classe C. Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que essa é a classe social que mais gasta com produtos de higiene e beleza. As representantes desta classe consomem mais do que as que estão no topo da pirâmide social.

O gasto médio da classe C com esses produtos é de R$ 122,84 por mês. Superando os R$ 120,99 gastos pela classe B e os R$ 97,64 consumidos pelos mais ricos. Para efeito da pesquisa, fazem parte da classe C as famílias cuja renda varia de R$ 1,4 mil a R$ 3,5 mil.

Na opinião da sócia-diretora do Instituto Data Popular, Luciana Aguiar, existe uma razão de cunho social que explica tamanha preocupação com a aparência. Segundo ela, as pessoas procuram com isso se desfazer do estigma de ser pobre. O Data Popular é um instituto especializado em estudar hábitos de consumidores de baixa renda.

Segredo de vendas é estar na mídia

No mundo dos produtos de beleza, assim como em outros setores da economia, o segredo do sucesso é aparecer na mídia - rádio, TV, jornal, revista, Internet, outdoor e outros meios. “Sempre que é lançado um produto novo, ele tem de aparecer na mídia. Se isso acontecer, as vendas estão garantidas”, afirma o gerente de uma loja de cosméticos Luiz de Caires Pereira, mais conhecido como Bahia.

Em época de pagamento, a freqüência diária chega a 2 mil clientes, o que inclui consumidores de outras cidades da região. O gasto médio de cada cliente, de acordo com o gerente, fica em torno de R$ 12,00.

Segundo Bahia, os campeões de venda na loja são os xampus, condicionadores, cremes hidratantes e esmaltes. De acordo com ele, a constatação do IBGE de que a classe C é a maior consumidora de produtos de beleza é facilmente comprovada em Bauru. “Sem dúvida nenhuma, quem mais gasta com esses produtos é a classe média”, afirma.

Ele destaca ainda que o consumo tem aumentado entre os mais pobres. Bahia arrisca uma explicação para isso. “O pobre quer ficar bonito, aumentar sua auto-estima, porque agora ele está no auge”, comenta.

As classes C, D e E representam 87% da população brasileira, segundo o IBGE. Elas abrangem um mercado superior a Argentina, Chile e Uruguai juntos.

Independentemente da classe social, o que mais as pessoas levam em consideração na hora da compra é a qualidade do produto. “Se não tiver qualidade, não vende. Não basta ter preço baixo”, revela Vilma Alves da Silva Sauer, gerente de uma loja de produtos de higiene e beleza. Se o produto oferece as duas coisas ao mesmo tempo (preço e qualidade) tem grandes chances de ser um campeão de vendas.

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